35 anos sem Glaucus Saraiva
Glaucus Saraiva, ao centro, com Guilherme Schultz Filho(E) e Edson Otto(D) |
O tempo passa. E passa rápido.
Foi num 17 de julho de 1983, que nos deixava Glaucus Saraiva da Fonseca.
Nascido em São São Jerônimo, em 24 de dezembro de 1921, se fosse vivo, estaria
fazendo, este ano, 97 anos.
Glaucus foi um poeta crioulo, autor
da poesia famosa, Chimarrão, soldado do tradicionalismo, folclorista,
historiador, professor, pesquisador, escritor, conferencista, músico e
compositor. Foi sócio fundador da Estância da Poesia Crioula e do 35 Centro de
Tradições Gaúchas, do qual foi o primeiro patrão. Idealizou e tornou realidade
o IGTF - Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, órgão vinculado a Secretária
de Estado da Cultura, instituído pelo Decreto n.º 23.613, de 27 de dezembro de
1974, tendo sido seu primeiro diretor técnico, o Parque Histórico General Bento
Gonçalves da Silva, na Estância do Cristal e o Galpão Crioulo do Palácio
Pirati, que pelo Decreto Estadual nº 31.204, de 1º de agosto de 1983, passou a
chamar-se Galpão Gaúcho Glaucus Saraiva.
Foi professor de folclore do
curso de Pós-Graduação da Faculdade de Música Palestrina, professor no Curso de
Extensão Universitária da PUC (Folclore na Educação) e no SENAC (Culinária
Gauchesca e Usos e Costumes do Sul), e conferencista internacional sobre
folclore. Presidiu três congressos tradicionalistas: em Santa Vitória do Palmar
(1973), Pelotas (1975) e Passo Fundo (1977). Desenvolveu, também, profunda
pesquisa sobre os brinquedos tradicionais das crianças gaúchas, promovendo
exposições e publicações a este respeito. Formulou a Carta de Princípios do MTG
- Movimento Tradicionalista Gaúcho, o mais importante documento para a fixação
da ideologia e dos compromissos tradicionalistas, aprovada no 8º Congresso
Tradicionalista, em julho de 1961 em Taquara - RS. Autor da nomenclatura simbólica
do tradicionalismo.
Publicou ainda os ensaios “Manual
do Tradicionalista” e “Catálogo da Mostra de Folclore Juvenil”. Foi vocalista
dos conjuntos “Os Gaudérios” e “Quitandinha Serenaders” entre 1950 e 1955, além
de atuar na Rádio Farroupilha e Rádio Nacional do Rio de Janeiro, de 1948 a
1955.
Fonte: Blog do Leo
Ribeiro
Comentários
Postar um comentário